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  • Foto do escritorElis Busanello

Trabalhamos nas nuvens, acredita?

Cabeça nas nuvens é para criar, com a cabeça no meio das nuvens, fica difícil de ver.


Houve uma época em que tínhamos medo de perder os arquivos no computador. E o pior era que a gente perdia mesmo, ou porque não salvava, ou porque colocava numa pasta e depois não sabia como encontrar.


Isto me fez lembrar do que viveu a gerente de uma loja. Ela tinha muita habilidade especial, para organizar os eventos de lançamento das coleções, tudo com muito charme e elegância, atraindo admiradores e expandindo o network da sua unidade, em relação às demais da rede. O fluxo de pessoas era muito bom, mas a conversão em vendas deixava a desejar. Na equipe haviam seis vendedoras, que organizavam o estoque, vitrines e vendiam, ou melhor, deveriam vender. Esta mesma gerente, tinha dificuldade com a gestão dos indicadores e a liderança da equipe. As funcionárias se portavam como modelos da loja e não como vendedoras. Em consequência, as vendas não iam bem. Então o “super preparado supervisor”, avisou a gerente que ela seria demitida, porque não havia se desenvolvido do jeito que esperavam. Ele explicou que o desligamento seria em 30 dias, tempo suficiente para ela fazer o coquetel de lançamento da próxima coleção e para ajudar a encontrar a gerente que a substituiria. Ouvir isto foi uma grande humilhação. Um verdadeiro absurdo, mas é real, aconteceu e eu acompanhei, dando o meu apoio profissional. Um ciclo de fragilidades no sistema empresarial ignorado. E o resultado ruim, atribuído a uma única pessoa.



Nesta história que eu contei, em qual posição você estaria?


· Vendedora desfilando no shopping;


· Gerente desfocada do que era mais importante para empresa, vender;


· Gerente iludida por sua habilidade de fazer eventos com charme e elegância;


· Gerente amiga das vendedoras “modeletes”;


· Supervisor que não sabia motivar e treinar;


· Supervisor que conduz uma demissão humilhando a pessoa que ele contratou e “treinou”;


· Supervisor que não sabia selecionar profissionais competentes;


· Gerente de RH que não deu o suporte na contratação e no desligamento;


· Diretor que não interpretava dados cruzados de performance, network e suporte interno.


Eu comparo esta história com a nossa pouca habilidade de lidar com os arquivos de um computador. Quando fazemos uma má leitura do que um profissional pode oferecer, criamos expectativas e os colocamos “nas pastas” que escolhemos. Depois, ficamos procurando “o arquivo humano” e não o encontramos, porque suas habilidades não correspondem integralmente aos desafios da função, assim como o nome do arquivo que salvamos no computador, que não pode ser encontrado, porque não condiz com o caminho torto que criamos.


Volta a valer a velha, literalmente, velha máxima da informática: “O problema é a pecinha na frente do computador”.


Ainda bem que podemos evoluir. Hoje, criamos um arquivo, salvamos em nosso pc no formato editável, depois salvamos em PDF para ficar mais leve e mantendo a qualidade, depois subimos o arquivo na nuvem, podemos compartilhar com outras pessoas quem podem ver e/ou editar, e toda vez que alguém altera o arquivo, o Google drive salva automaticamente, lá na nuvem. E como é complexo entender esta biblioteca virtual intangível!


Nós não entendemos como o caminho tecnológico foi feito, mas o utilizamos porque ele é muito eficiente.


Lembrem que, quando estamos com dificuldade de ver claramente, dizemos que tem uma nuvem na nossa frente. Quando alguém está numa maré ruim ou está mau humorado, dizemos que tem uma nuvem negra sobre sua cabeça, igual os cumuloninbus, que são aquelas nuvens escuras e pesadas que antecedem as tempestades.


Esclarecendo a analogia: Nas empresas de todos os setores da economia, também existe “a nuvem que guarda os arquivos”. É tudo que transcende com as planilhas e procedimentos descritos. Os indicadores mostram resultados de vendas, quilometragem, prazos cumpridos, economia, desperdício, etc., a parte mensurável. E o clima do ambiente é moldado pelas relações entre os profissionais, fontes de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Esta é a nuvem ou neblina baixa sobre o cenário, minado por vaidade, competição, apatia e seus sinônimos e aparentados, todos vírus que substituir as pessoas não resolve. Não dá para limpar o HD da empresa com o Avast.


Enquanto os vírus corporativos avançam, os clientes potenciais continuam comprando de outros fornecedores. E os gestores da “máquina infectada”, confabulam nos corredores e nas reuniões, nos calls, porque agora estão globalizados, que o mercado está ruim, que existe crise e recessão.


Liderar é muito mais do que medir, concluir que não deu e daí trocar o liderado. Trata-se de conhecimento construído com estudos e experiências, um caminho pavimentando nos relacionamentos em todas as direções. Inclui ouvir, ler subjetividades, capacitar, desenvolver, relacionar, etc.


Um líder competente compreende e executa metodologias que transcendem as réguas e, assim como uma ressonância magnética identifica significativas distorções no corpo, ele é sensível ao que está encoberto pela nuvem. Sob esta neblina, o verdadeiro líder coloca em prática os 5Cs, sensos fundamentais em organizações que se desenvolvem, crescem e faturam mais. Sim, eu falei 5Cs, não me enganei, não. Se você quiser, pode dar sua opinião e


Colaborar com o próximo artigo. O Conhecimento se amplia quando construímos algo em Comunhão. Você topa Caminhar comigo?


Elis Busanello

Master Coach, Mentora e Palestrante

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